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Cashmere: uma das mais nobres e raras matérias-primas do mundo

Utilizado como proteção contra o rigoroso clima da Ásia Central pelas antigas comunidades de pastores há muitos séculos, a história do cashmere passa por diversas civilizações, ligando o Oriente ao Ocidente e os conhecimentos ancestrais ao uso contemporâneo.

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Utilizado como proteção contra o rigoroso clima da Ásia Central pelas antigas comunidades de pastores há muitos séculos, a história do cashmere passa por diversas civilizações, ligando o Oriente ao Ocidente e os conhecimentos ancestrais ao uso contemporâneo.

Ao longo dos séculos, a nobreza desse fio de alto valor, toque inconfundível e incríveis propriedades de isolamento, foi explorado por comerciantes, saindo do dia a dia de pastores e chegando à cortes de príncipes e imperadores. Atualmente, sua excelência é amplamente conhecida no universo da moda.

A região de Kashmir, de onde seu nome se origina, é dividida entre Afeganistão, Índia e China, mas o mais nobre dos fios de cashmere vem dos campos da Mongólia Interior. Coroado por um céu interminável, a milenar tradição de criação de cabras acompanha a migração do povo pela região, sendo a única proteção possível para enfrentar as extremas condições naturais da região.

Por baixo de sua longa e áspera pelagem externa, a cabra Hircus desenvolveu uma espessa subcamada de pelos, também conhecida como duvet, composta por milhares de fibras extraordinariamente finas e macias. Eles servem como um isolante térmico extremamente eficaz, protegendo nos escaldantes verões e invernos gelados, quando a temperatura pode chegar a -30º C. Quanto mais extrema e demandante for a temperatura, mais longa, macia e eficaz é a fibra das cabras da região.

Por muitos anos, essa combinação de maciez eficácia permaneceu inexplicável, mas, por meio de pesquisas científicas, se descobriu o segredo. Apesar de sua espessura finíssima de 15 mícrons, quase duas vezes menos que a lã merino mais refinada, os fios possuem uma espécie de câmara de ar. Essa propriedade desempenha naturalmente funções de transpiração e termorregulação que somente as fibras sintéticas de última geração conseguem reproduzir.

A coleta do cashmere segue a tradição de sua origem e a nobreza de suas propriedades. Em um ritual milenar que ocorre somente uma vez ao ano, durante a primavera, quando o clima está mais ameno, pastores escovam suavemente as cabras com um pente especial para colher o subpelo do queixo e da barriga de maneira indolor e inofensiva. Uma cabra produz aproximadamente de 200 a 300 gramas de bons fios ao ano, essa limitadíssima quantidade de fios explica o alto valor de um cashmere de qualidade.

Em sua origem, as primeiras utilizações do cashmere geravam somente peças muito básicas, como grossos cobertores para forrar os interiores das barracas ou se envolver quando ao ar livre. Se diz que a eficácia e a nobreza do cashmere já era conhecida no ocidente desde a Roma antiga, no entanto, sua expansão na Europa só ocorreu há alguns séculos. No fim do século 18, com as incursões das companhias comerciais europeias, o cashmere ganhou o mundo. Após a revolução industrial, sua notoriedade cresceu ainda mais e seu preço atingiu níveis estratosféricos, quando rainhas utilizavam mantos de cashmere e um simples xale custava mais que uma carruagem.

Hoje encontramos o cashmere em diversos produtos, sendo o mais relevante o suéter.

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