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Entrando no Detalhe #3 com Marcello Gomes

a terceira edição do Entrando no Detalhe, convidamos nosso Diretor de Estilo, Marcello Gomes para contar um pouco da relação do seu estilo de vida e vestuário — no trabalho e também na vida pessoal.

4 minutos

Dono de longa trajetória no varejo nacional, o carioca Marcello Gomes é diretor de produto da Oficina. Atualmente morando em São Paulo, ele injeta a bossa do Rio pontualmente nas roupas que desenvolve – a inserção e o sucesso das peças de linho no leque da marca devem muito à sua personalidade –, mas, assim como em seu novo estilo pessoal, a influência paulistana acaba falando mais alto também na hora de criar.

Com a casa repleta de livros, quadros e outras referências imagéticas, é categórico ao ser perguntado sobre sua atividade. "Você tem que viver o cliente, pois é um trabalho de escolhas. Escolher o tecido, a modelagem e os aviamentos certos. Isso pressupõe uma boa bagagem cultural."

Segundo Marcello, quando se trata de básicos, é nos detalhes que se emociona o cliente. O cuidado começa desde a concepção das peça se segue na mesma intensidade até a escolha dos fornecedores.

Básicos são como uma boa música, a diferença está nos detalhes. O cliente identifica se tiver qualquer ruído ou algo fora do tom.

Adepto da filosofia do “acredite, vá e faça”, Marcello começou como vendedor em uma loja da saudosa Elle et Lui, no Rio. “Eu não tinha a menor ideia de que seria bom para o ofício”, lembra. Em toda a sua estrada, foi galgando espaços e aprendendo na prática, fazendo da vivência com fornecedores e da valorização da equipe os seus trunfos. Com o tempo, percebeu que gostava mais do departamento de estilo, mas nunca parou de vender – ele é vendedor nato, embora não goste de admitir. “Não sou muito bom, me falta paciência”, diz, modesto.

Veja abaixo um pingue-pongue com Marcello Gomes.

Quanto de você tem no produto, na alma da Oficina?

Tudo de mim está impresso na roupa que desenvolvo. Gosto dos ícones masculinos: a parka militar, a bomber, as botas, o brogue… Não dá para viver de camiseta, é preciso repertório. As memórias afetivas ajudam a construir a relação do homem com estilo, os ícones ajudam a conectar. É preciso entender o universo e a psique masculina para acertar no produto.

Quais são os seus ícones do vestuário masculino?

A parka militar, o paletó marinho e o suéter de cashmere.

Como a roupa da Oficina se encaixa na sua rotina?

Sou calorento, uso muita camisa de linho, de algodão. E adoro uma calça chino. Crio e encontro tudo nas araras da marca e não fico pensando muito na hora de me vestir, é instintivo. Quando se tem um armário enxuto, o lance é criar diferentes combinações.

O que mudou desde que veio morar em São Paulo?

Tudo o que eu só usava quando viajava para o exterior, uso em São Paulo, porque no Rio é impossível. As coisas mais pesadas, como a jaqueta pluma de ganso, por exemplo. Aposentei minhas calças off white, que não combinam com São Paulo. Tenho mais cuidado com cores, na vida e no trabalho. Me arrumo mais e equilibro os tons.

Cores preferidas?

Os tons de azul

Conforto ou estilo?

Conforto, sempre.

O que não veste de jeito nenhum?

Antes de trabalhar na Oficina, eu não conseguia usar preto, mas já consigo. Mas estampas, hoje, não dá mais.

Peça preferida da Oficina?

A camisa Oxford é muito especial. É feita com um tecido bem bonito e encorpado.

Defina o seu estilo pessoal

Casual chique, alinhado, sem exageros. Prezo pela qualidade de materiais. Levo esse pensamento da minha vida pessoal para as araras da Oficina.