Nos anos 1960, Mick Jagger surge como um dândi rebelde: calças de veludo justíssimas, camisas de babados em seda, blazers ajustados que ressaltavam sua silhueta esguia e desafiavam os códigos tradicionais de masculinidade. Era o rock vestido com elegância subversiva, um garoto londrino que já entendia a força de se expressar pelo figurino.
A virada para os 1970 leva seu estilo ao extremo. Brilhos, cores, lurex colado ao corpo, jaquetas bordadas com lantejoulas e lenços vermelhos que incendiavam o palco. Jagger encarnava o excesso do glam rock sem parecer fantasiado. Nele, o exagero era natural, era puro magnetismo. Já nos anos 1980, ele troca o brilho pelo cru. Couro preto, jeans rasgado, camisetas básicas. Um guarda-roupa urbano, quase minimalista – mas sempre com um detalhe que o diferenciava: um casaco oversized, um sapato metálico, um gesto maior do que a própria roupa.
Os anos 1990 e 2000 o mostram em outro papel: o do rockstar maduro que não abre mão da irreverência. A alfaiataria aparece ajustada, impecável, mas sempre acompanhada de camisas estampadas ou acessórios chamativos que quebram qualquer ideia de formalidade. Era Jagger provando que até o terno pode ser rebelde.
Hoje, aos 82 anos, ele continua desafiando o tempo. Entre smokings bordados, jaquetas de cetim e camisas em tons vibrantes de roxo, azul ou vermelho, Jagger não apenas veste moda – ele se funde a ela. Cada entrada no palco é um lembrete de que estilo não tem idade, tem personalidade.
De calças coladas a ternos sob medida, Mick Jagger construiu um legado visual tão potente quanto sua música. Um camaleão que nunca se perdeu em personagens, porque em cada fase, cada peça, cada look, o que sempre esteve em cena foi ele mesmo: irreverente, magnético, único.
Mick Jagger não segue tendências; é ele quem dita o ritmo delas.
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