Nos últimos anos, tenho vivido uma experiência nova: conviver de perto com os “pets” de amigos. Como viajo muito e passo longos períodos fora de casa, não tenho animais de estimação, nem plantas, pois ambas as opções exigem atenção constante. Frequentemente, amigos me convidam para cuidar de seus animais e, quando posso, aceito com prazer. Prefiro ir até a casa dos meus amigos, pois tirar o animal de seu habitat costuma causar estresse para todos. Já tive experiências não tão boas ao levar um pequeno cachorro para passar alguns dias comigo; ele, acostumado com a casa, estranhou os barulhos do meu prédio e causou grande tumulto até a madrugada. Acabei tendo que levá-lo a uma creche de animais no dia seguinte.
Acredito que as conexões com os animais podem ser extraordinárias, sejam mamíferos ou répteis, grandes ou pequenos. Eles nos oferecem carinho, conforto e amor incondicional. Mas o que torna os relacionamentos com nossos companheiros tão especiais, sejam eles cães fofinhos ou gatos peludos? A história dos animais de estimação é longa e complexa, e o conceito de tê-los surgiu nos séculos 18 e 19. Hoje, o vínculo entre humanos e animais é celebrado e cada vez mais estudado no mundo acadêmico.
Na década de 1990, um grupo de acadêmicos introduziu o termo “Antrozoologia” para descrever o estudo das interações entre humanos e animais. Estudos mostram que, embora os resultados sobre os benefícios para a saúde sejam mistos, os animais de estimação oferecem suporte emocional, e os cães, com seu olfato apurado, podem detectar o estresse humano com precisão. Isso reforça sua sensibilidade e intuição.
Outras teorias indicam que o vínculo com os animais de estimação é especial porque eles têm um efeito calmante sobre nós, contribuindo para a saúde mental positiva por meio do reconhecimento social, um mecanismo que fortalece os relacionamentos humanos. Muitas pessoas afirmam que a presença de um cão torna a vida melhor, enquanto outras apreciam o efeito calmante dos gatos, que podem ser ariscos, mas também extremamente carinhosos.
Cuidar dos animais de estimação de amigos pode ser gratificante. Quando sou solicitado, sempre discuto detalhes sobre alimentação, rotina, saúde e preferências, garantindo que o pet tenha todas as necessidades atendidas. Sigo a rotina e a dieta recomendada, mantendo o ambiente limpo e saudável. Passear com cães diariamente e brincar com gatos, oferecendo carinho e atenção, são práticas importantes. Quando um pet está doente, sigo as orientações dos donos e veterinários para administrar medicamentos, que podem ser difíceis de dar. Estabelecer limites claros e respeitar a personalidade dos animais são fundamentais para uma convivência harmoniosa.
Embora não possamos medir cientificamente o vínculo com os pets, a sensação de ser cumprimentado por eles após um dia fora, com um rabo abanando ou um abraço no sofá, é o suficiente para mostrar que a conexão é especial. Sou grato por todo o aprendizado que os pets de meus amigos me proporcionam, e entre eles estão nomes como Flor, Floquinho, Benjamin, Argus, Tutuca, Rosinha, Lara, Luna, Linda Flor, entre outros. Alguns já se foram, outros continuam a alegrar nossas vidas.
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