Muito além da funcionalidade que popularizou os relógios de pulso desde o seu surgimento, no século 19, esta é uma história sobre símbolos de sucesso e elegância. Usados por homens dos mais variados estilos, os acessórios agora não se limitam apenas a mostrar as horas. Calculam fusos, fases da lua, cronometram performances e, por meio da mistura de materiais nobres, se transformam nas joias masculinas por excelência.
Existem modelos para todos os gostos, em grande variedade de formatos, mas, quando falamos de versatilidade e perenidade, a melhor escolha ainda é o relógio de mostrador redondo. Um clássico capaz de se adaptar, literalmente, ao passar do tempo e transitar com muita desenvoltura entre situações casuais e formais. Não à toa, artistas como Pablo Picasso, Julian Schnabel e David Hockney eram fervorosos adeptos dos relógios de pulso redondos. No cenário em constante mudança da relojoaria, alguns modelos permanecem perpetuamente relevantes. Ao escolher um relógio, muitos consideram primeiro a marca e o preço, mas, muitas vezes, o design é o que realmente importa. Entenda por que os relógios com mostrador redondo são a bola da vez.
Funcionalidade
Os relógios com mostradores redondos voltaram à moda – se é que um dia saíram. Eles são bastante práticos e, por seu formato, facilitam, com clareza, a leitura das horas. Além de ser mais legível, o design arredondado também é extremamente confortável de usar no pulso. Com a caixa mais fina, é o tipo de relógio ideal para usar por debaixo do punho da camisa em produções mais clássicas. Existem modelos minimalistas, com ponteiros, data e só. Outros, como os cronógrafos, exibem multifunções, mas, por causa de seu desenho redondo, guardam uma elegância discreta que as caixas angulosas, como as quadradas e hexagonais, não possuem. Alguns exemplos clássicos abaixo.
Quiet Luxury
O ressurgimento dos relógios redondos clássicos é uma celebração do design atemporal. Eles nos lembram que, no cenário em constante mudança da relojoaria, alguns modelos permanecem perpetuamente relevantes, oferecendo uma combinação perfeita de tradição e inovação. A recente macrotendência Quiet Luxury, que valoriza roupas e acessórios feitos para durar e resistir ao vaivém das tendências, sempre de forma discreta, tem muito a ver com essa história. Com a mudança de direção da moda nas passarelas, era de se esperar que isso respingasse também nos relógios de pulso, que precisam acompanhar o restante das produções. É o raciocínio do consumo consciente, de investir mais em uma peça de qualidade, com linhas feitas para durar e com versatilidade suficiente para otimizar o uso no dia a dia. Menos é muito mais, neste caso.
Inspire-se nos artistas
Pablo Picasso: o artista espanhol era um apaixonado por relógios e gostava de ser fotografado usando um de seus icônicos modelos: um Jaeger-LeCoultre dos anos 1940, um Patek Philippe dos anos 1950 ou um Rolex GMT-Master. Em 1960, ele teve a boa ideia de usar as letras de seu nome (que somava 12 letras) como marcadores de horas de um relógio. Assim nasceu o relógio de pulso em aço inoxidável de 32 mm de Picasso, produzido pelo relojoeiro suíço Michael Z Berger, com uma pulseira ajustável e expansível. A peça tornou-se o primeiro relógio assinado por um artista, um testemunho da visão e do poder de autopublicidade de Picasso.
Julian Schnabel: Expoente de uma geração de pintores conhecidos como neoexpressionistas, na Nova York dos anos 1980, o jovem e elegante Schnabel foi fotografado no hotel Claridge’s, ostentando um Rolex, acessório bem escolhido para manifestar o seu momento de sucesso. A Rolex foi a marca ícone de uma geração bem-sucedida, fosse no mercado financeiro ou nas artes, e segue assim até hoje. Os mostradores dos relógios da marca são, essencialmente, redondos. Clássicos não são clássicos à toa.
David Hockney: Irreverente, o artista britânico adorava subverter clássicos com toques pop. Por isso, misturava suéteres de cashmere rosa com relógios caros em edições limitadas como a desenvolvida por diversas marcas, como Seiko, Rolex e Omega, em parceria com os estúdios Walt Disney. Sim, Hockney andava com um Mickey Mouse no pulso. Mas sempre em um modelo de mostrador redondo, para manter a elegância clássica na forma. A brincadeira também dividia espaço no closet do artista com relógios de marcas como Cartier e Vacheron Constantin.
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