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Nijínsky, o bailarino russo que levantou voo

A trajetória de Vaslav Nijinsky, o maior pop star do início do século XX e um verdadeiro assombro da dança clássica masculina, desde sua infância até se tornar um dos bailarinos mais famosos de todos os tempos

Representação da dança de Nijinsky

16 minutos

Do berço aos palcos

Nijinsky nasceu em 1890, em Kiev na Ucrânia na época pertencente ao Império Russo, de pais poloneses também bailarinos.

Seus pais se casaram em maio de 1884 e se estabeleceram em uma carreira numa companhia itinerante de ópera e ballet. Sua mãe, Eleonora continuou a fazer turnês e a dançar enquanto tinha três filhos, Stanislav, Vaslav e a filha Bronislava conhecida por Bronia. Vaslav e Bronia receberam treinamento de seu pai Tomaz e apareceram em produções amadoras em Odessa em 1894, quando Nijinsky ainda tinha 4 anos de idade.

Nesse mesmo ano seus pais se separaram e Eleonora mudou-se para São Petersburgo, com seus filhos. Ela conseguiu convencer um amigo que ensinava na Escola Imperial de Ballet, a ajudar a colocar Vaslav na escola. Bronia ingressou dois anos depois de Vaslav. Os irmãos, com apenas dois anos de diferença, tornaram-se muito próximos durante toda a vida. À medida que envelheceu, Stanislav, o irmão mais velho, tornou-se cada vez mais mentalmente instável e foi internado em um asilo para loucos em 1902. Esse fantasma da depressão e da esquizofrenia sempre rondou a família de Nijinsky, uma vez que sua mãe também sofria desse mal.

Assim, Nijinsky, com 10 anos de idade, ingressou na Escola Imperial de Ballet, onde os professores concordavam com a excepcional habilidade desse novo aluno que nesse ano foi confirmado como pensionista da escola.

Nijinski ainda novo
Embora tenha se destacado como dançarino desde cedo, Nijinsky teve dificuldades em seus estudos acadêmicos e foi avisado de que poderia ser expulso da escola por maus resultados. Inclusive, era apenas a excelência de sua dança que impedia sua expulsão.

Em 1906 lhe foi oferecida uma vaga na companhia do Ballet Imperial, embora estivesse ainda a um ano da formatura. Nijinsky optou por continuar seus estudos. No Natal desse mesmo ano, ele interpretou o Rei dos Ratos em O Quebra-Nozes e sua formatura se deu em abril de 1907.

Nijinsky passou o verão após sua formatura ensaiando e se apresentando para um público principalmente de oficiais do exército. Essas apresentações incluíam membros da família imperial, cujo apoio e interesse eram essenciais para uma carreira na dança naquele tempo. A nova temporada no teatro Mariinsky começou em setembro de 1907, com Nijinsky empregado com um salário de 780 rublos por ano.

Teatro Mariinsky em São Petersburgo
Nos anos seguintes, Nijinsky recebeu vários papéis de solista no Teatro Mariinsky em São Petersburgo.

Sergei Diaghilev, o empresário que catapultou Ninjinski

Um ponto de virada para Nijinsky foi o encontro com o empresário russo Sergei Diaghilev, um célebre produtor de balé e ópera que se concentrou em promover a arte visual e musical russa no exterior, particularmente em Paris. A temporada de 1908 de coloridos balés e óperas russos, foi um grande sucesso, e Diaghilev planejou levar Nijinsky como a grande atração para a temporada de 1909 da sua companhia, os Ballets Russes.

Sergei Diaghilev e Nijinsky juntos
Nesse mesmo período Nijinsky e Diaghilev começaram uma relação afetiva bastante turbulenta. Como amante e bailarino principal, Nijinsky fazia parte do grupo. O coreógrafo Michel Fokine foi convidado a iniciar os ensaios da remontagem do ballet Le Pavillon d'Armide e Les Sylphides, uma versão expandida de sua Chopiniana já estreada alguns anos antes em São Petersburgo.

A temporada parisiense foi uma sensação artística e social, definindo tendências em arte, dança, música e moda para a próxima década. O talento único de Nijinsky foi festejado por público e crítica da época. Sua interpretação de "Petrushka", o boneco com alma, foi uma demonstração notável de sua capacidade expressiva de retratar personagens.

Interpretação de Nijinsky no ballet “Le Espectre de la Rose”
A interpretação de Nijinsky no ballet “Le Espectre de la Rose” coreografado por Fokine causava furor por onde era dançado. Para este ballet as pétalas de seu figurino eram passadas uma a uma e costuradas em seu corpo antes do espetáculo e que durante as apresentações algumas delas caiam no palco e que no final um camareiro as apanhava e as vendia. Reza a lenda que esse camareiro conseguiu construir um castelo com esse dinheiro, castelo esse chamado de Le Espectre de la Rose.

Foi no ballet Le Espectre de la Rose que Nijinsky se consagrou, entre outros detalhes devido ao seu salto no final onde saía por uma janela... As pessoas achavam que havia um trampolim no palco, mas não havia. Era mesmo a força das pernas do grande bailarino.

Em janeiro de 1911 Nijinsky dançou o ballet Giselle no Teatro Mariinsky em São Petersburgo com o Ballet Imperial, na presença da Czarina Maria Feodorovna. Seu traje, que havia sido desenhado por Alexander Benois e usado em Paris antes, causou um escândalo, pois ele dançava sem os calções então comuns aos bailarinos até então. Ele se recusou a se desculpar e por causa disso foi demitido do Ballet Imperial.

Sendo assim, Nijinsky assumiu as rédeas criativas dos Ballets Russes de Diaghilev e coreografou obras que ultrapassaram os limites e provocaram muita controvérsia. Coreografou poucas obras mas o que fez mudou radicalmente a dança para sempre.

Seu primeiro trabalho foi em 1912 chamado L'après-midi d'un Faune, com música de Claude Debussy pode-se dizer que poucos balés tiveram uma primeira noite tão sensacional quanto este. Nijinsky, de 22 anos, assumiu o papel principal de um fauno amoroso perseguindo um grupo de ninfas, que estão a caminho de um lago próximo. Ele quebrou com a tradição e a produção foi descrita como uma tentativa de criar "uma nova linguagem de movimento" e anunciou a era moderna do balé.

L'après-midi d'un Faune
Neste ballet a dança de Nijinsky foi ao mesmo tempo extremamente graciosa e surpreendentemente espetacular e a curta performance, com apenas 11 minutos, foi projetada para se assemelhar a cenas de pinturas de vasos gregos antigos. Ao mesmo tempo foi intensamente erótica e culminou em uma cena orgástica, com o fauno fazendo amor com um lenço que a ninfa mais desejável havia deixado cair enquanto fugia. A imagem é o folheto da apresentação.

Não surpreendentemente, o desempenho de Nijinsky causou alvoroço. O jornal Le Figaro condenou “movimentos vis de bestialidade erótica e gestos de pesada falta de vergonha” e a polícia foi chamada para a segunda apresentação, que esgotou. O balé ficou no repertório por apenas alguns anos e não foi ressuscitado até a década de 1980.

Apresentação da obra de Nijinsky: apres midi un faune
L'après-midi d'un Faune (em inglês "Afternoon of a Faun") é apresentado até hoje dentro das maiores companhias de ballet do mundo. As imagens são respectivamente de Rosalie O'Connor, Ballets Russes e New York City Ballet.

Em 29 de maio de 1913 estreia A Sagração da Primavera com música de Igor Stravinsky e cenários e figurinos de Nicolas Roerich, no Théâtre de Champs-Elysées. Nesta noite parecia que toda a sociedade parisiense estava lá. Havia uma grande expectativa em torno da mais nova produção de Diaghilev. O balé retratava uma celebração pagã na qual uma virgem se sacrificava ao deus da primavera. A música era dissonante e estranha, enquanto a coreografia de Nijinsky marcava um afastamento radical do balé clássico, com os pés dos bailarinos virados para dentro e seus braços e pernas em ângulos agudos em vez de curvas suaves e arredondadas.

Le Sacre du Printemps (em inglês "The Rite of Spring") é outra obra de Nijinsky até hoje presente nos maiores palcos. As imagens contemplam apresentações do Adelaide Festival, coreografias de Martin Harriague e bailarinas como a icônica Pina Bausch.

Assim que a cortina subiu, o público começou a reagir fortemente à performance, começando com assobios e prosseguindo com batidas de pés e uivos.

A certa altura cerca de quarenta dos manifestantes foram forçados a sair do teatro, mas isso não aquietou a fúria das pessoas que gritavam todo tipo de impropérios. As luzes do auditório estavam totalmente acesas, mas o barulho continuou e os bailarinos dançaram com o acompanhamento dos delírios desconexos de uma multidão de homens e mulheres furiosos.

A cobertura subsequente na imprensa do balé - que agora é considerado uma das grandes realizações musicais do século 20 - foi retumbantemente negativa; a música foi descartada como mero ruído e a dança como uma paródia feia do balé tradicional. Diaghilev ficou muito satisfeito com a o escândalo e a notoriedade.

Nesse período, Ninjinski coreografou outros ballets também carregados de conceitos. Esses trabalhos foram demorados para ensaiar e mal recebidos pela crítica, sendo assim a relação entre Diaghilev e Nijinsky se deteriorou sob o estresse de Nijinsky se tornar o principal coreógrafo e seu papel fundamental no sucesso financeiro da companhia.

Diaghilev não pôde enfrentar Nijinsky para lhe dizer pessoalmente que ele não estaria mais coreografando novos trabalhos para a próxima temporada e pediu a sua irmã Bronia para lhe dar esta notícia.

O casamento que levou à demissão de Ninjinski

A cia embarcou em uma turnê pela América do Sul em agosto de 1913. Diaghilev não foi, alegando que lhe disseram que morreria no oceano. Outros sugeriram que a razão tinha mais a ver com o seu desejo de passar um tempo longe de Nijinsky que partiu em uma viagem marítima de 21 dias em estado de turbulência e sem as pessoas que foram seus conselheiros mais próximos nos últimos anos (incluindo Bronia que havia se casado, engravidado e ficado na Europa).

Nesse mesmo navio também embarcava a socialite húngara, Rômola de Pulsky que recentemente noiva, foi levada em 1912 para ver os Ballets Russes em Budapeste e ficou muito impressionada com Nijinsky. Tão impressionada que rompeu seu noivado e começou a seguir os Ballets Russes por toda a Europa, assistindo a todas as apresentações que podia. Seu alvo era Nijinsky, que era difícil de abordar, sendo sempre acompanhado por um 'zelador'.

A bordo do navio, Rômola tinha uma cabine na primeira classe, o que lhe permitia vigiar a porta de Nijinsky, enquanto a maior parte da companhia era exilada para a segunda classe. Determinada a aproveitar todas as oportunidades, ela conseguiu passar cada vez mais tempo em sua companhia. Aos poucos ela conseguiu se aproximar de sua presa e este, num possível momento de loucura, e num francês mal falado e mímica, a pediu em casamento, e ela aceitou.

Rômula e Nijinsky
Ainda nessa viagem, quando o navio parou no Rio de Janeiro, Brasil, o casal foi direto comprar alianças. Um casamento rápido aconteceu assim que o navio chegou a Buenos Aires em 10 de setembro de 1913 e o evento foi anunciado à imprensa mundial.

Ao retornar a Paris, Nijinsky, já casado, pretendia voltar a trabalhar em novos balés, mas Diaghilev não o recebeu. Pelo contrário, Diaghilev foi visto soluçando descaradamente em desespero, gritando acusações e amaldiçoando a ingratidão de Nijinsky, a traição de Rômola e a sua própria estupidez. Ele havia enviado um telegrama a Nijinsky informando-o de que ele não era mais empregado dos Ballets Russes que então perdia seu bailarino mais famoso e que atraia a multidão.

O declínio de Nijinski

Os Ballets Russes e o balé imperial eram as companhias de balé mais proeminentes do mundo mas Nijinsky agora era "um artista experimental”. Ele precisava de papéis que estendessem seus dons e, acima de tudo, precisava coreografar. Para essas coisas, ele precisava dos Ballets Russes, que naquela época era a única companhia de balé com visão de futuro no mundo.

Nessa ocasião ele recebeu duas ofertas, uma para um cargo na Ópera de Paris, que não começaria antes de um ano; e outra para levar uma companhia de balé a Londres por oito semanas.

Bronia ainda estava em São Petersburgo após o nascimento de seu filho, e Nijinsky a convidou para fazer parte de sua nova companhia e quando ela chegou, houve atrito entre ela e Rômola que se ressentiu da proximidade entre irmão e irmã, tanto na linguagem compartilhada quanto na capacidade de trabalhar juntos. A companhia tinha apenas três bailarinos experientes: Nijinsky, Bronia e seu marido. O cenário estava atrasado, e Nijinsky tornou-se "cada vez mais nervoso e perturbado". Diaghilev veio à noite de estreia em março de 1914.

O público se dividia entre aqueles que nunca tinham visto balé, e os que já haviam visto Nijinsky antes, que geralmente sentiam que algo estava faltando ("Ele não dançava mais como um deus") diziam. Em outra noite, quando a orquestra tocou música durante a mudança de cena para acalmar o público, Nijinsky, tendo expressamente proibido isso, ficou furioso e foi encontrado seminu e gritando em seu camarim. Ele tinha que se acalmar o suficiente para se apresentar. Um novo programa deveria ser apresentado na terceira semana, mas uma casa lotada teve que ser informada de que Nijinsky estava doente e que não poderia se apresentar. O espetáculo foi cancelado e Nijinsky ficou com uma perda financeira considerável. Os jornais relataram um colapso nervoso. Sua vulnerabilidade física foi agravada pelo grande estresse.

Rômola estava grávida, então o casal voltou para Budapeste. Sua filha Kyra nasceu em junho de 1914. Com o início da Primeira Guerra Mundial, Nijinsky foi classificado como cidadão russo inimigo e foi confinado em prisão domiciliar em Budapeste não podendo deixar o país.

Kyra, filha de Nijinsky
Kyra Nijinsky, filha do bailarino, se tornou uma pintora e escritora francesa. Ela chegou a ter um relacionamento amoroso com o pintor Salvador Dalí. Assim como seu pai, Kyra também teve problemas de saúde mental e passou grande parte de sua vida em tratamento psiquiátrico (esquizofrenia). Apesar de sua doença, ela foi bastante produtiva em períodos de estabilidade, escrevendo diversos livros, inclusive uma biografia sobre seu pai.

Diaghilev (sempre ele) iniciou negociações em outubro de 1914 para Nijinsky trabalhar novamente para a companhia, mas não conseguiu a libertação até 1916. As negociações complexas incluíram uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos e um acordo para que Nijinsky dançasse e coreografasse para os Ballets Russes. O Rei Alfonso XIII da Espanha, a Rainha Alexandra da Dinamarca, a Imperatriz Russa Maria Feodorovna, o Imperador Franz Joseph I da Áustria, o Papa Bento XV e o Presidente Wilson todos intercederam em seu nome.

Nijinsky chegou a Nova York em 4 de abril de 1916 e começou a se exibir com a companhia, porém Fauno foi considerado sexualmente explícito demais e teve que ser corrigido. As fracas habilidades de comunicação de Nijinsky significavam que ele não conseguia explicar aos bailarinos o que queria. Ele explodiria em fúria. Os ensaios para não foram concluídos, e teve que ser improvisado durante sua primeira apresentação.

Durante uma turnê sul-americana, com o pianista Arthur Rubinstein em um evento beneficente em Montevidéu para a Cruz Vermelha percebeu que os sinais de sua esquizofrenia se tornavam evidentes. Nijinsky com 28 anos e sua esposa se mudaram para St. Moritz, na Suíça, onde ele tentou se recuperar do estresse da turnê.

No domingo, 19 de janeiro de 1919, Vaslav Nijinsky fez uma última aparição pública; uma performance improvisada cujo público consistia de esquiadores, hóspedes de hotéis, visitantes ricos do exterior, refugiados de guerra, alpinistas sociais variados. Vaslav ficou parado por um bom tempo antes de finalmente começar a se mover. Sua dança refletia uma ampla gama de sentimentos de tristeza, raiva e alegria em relação à devastação da I Guerra e às pessoas que não fizeram nada para impedi-la.

Diário de Nijinsky
Diário de Nijinsky é um caderno de anotações pessoais que o bailarino manteve durante o declínio de sua carreira. Nele, Nijinsky registrou suas reflexões sobre arte, filosofia, política e religião, bem como suas experiências pessoais. Ele usava uma escrita bastante peculiar, misturando palavras, desenhos e símbolos em suas anotações. O conteúdo do diário é considerado bastante revelador, mostrando a mente complexa e muitas vezes perturbada do bailarino.

O diário de Nijinsky, escrito de janeiro a início de março de 1919, expressava seu grande medo de hospitalização e confinamento. Ele o encheu de desenhos de olhos, enquanto se sentia sob escrutínio, de sua esposa, e de outros. Finalmente, Rômola conseguiu uma consulta em Zurique e ele foi diagnosticado com esquizofrenia e internado. Depois de alguns dias, ele foi transferido para o Bellevue Sanatorium, "um estabelecimento luxuoso e humano”. Em 1920, nasceu sua segunda filha, Tamara. Ela nunca o viu dançar em público.

Nos 30 anos seguintes, Nijinsky entrou e saiu de hospitais psiquiátricos e asilos mantendo longos períodos de silêncio quase absoluto durante seus anos de doença.

A partir de 1947, Nijinsky viveu na Inglaterra, com sua esposa e filhas e morreu em uma clínica em Londres em 8 de abril de 1950 e ali foi enterrado.

Tûmulo de Nijinsky
Em 1953, seu corpo foi transferido para o Cemitério de Montmartre em Paris e reenterrado ao lado dos túmulos de Gaétan Vestris e de Théophile Gautier.

O Diário de Nijinsky refletia o declínio de sua casa no caos. Ele elevou o sentimento e a ação em sua escrita e combinou elementos de autobiografia com apelos à compaixão para com os menos afortunados. Descobrindo os três cadernos do diário anos depois sua esposa publicou uma versão em 1936, traduzida para o inglês. Ela apagou cerca de 40 por cento do que ali continha, especialmente referências a funções corporais, sexo e homossexualidade.

Em 1995, foi publicada a primeira edição não censurada de O Diário de Vaslav Nijinsky, editado pelo crítico de dança nova-iorquino Joan Acocella que observa que o diário apresenta elementos comuns à esquizofrenia tais como delírios, linguagem e comportamento desorganizados.

Uma crítica do New York Times disse: "Que irônico que, ao apagar a verdadeira feiura de sua insanidade, a versão antiga silenciou não apenas a verdadeira voz de Nijinsky, mas o corpo magnificamente talentoso de onde ela veio. E como somos afortunados por tê-los restaurado”.

Nijinsky é imortalizado em inúmeras fotografias mas não existe nenhum filme dele dançando; Diaghilev nunca permitiu que os Ballets Russes fossem filmados porque achava que a qualidade dos filmes na época nunca poderia capturar a arte de seus talentosos bailarinos.