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Vieses cognitivos para evitar ao adotar uma vida essencialista

Na jornada rumo ao Essencialismo esbarramos com vieses cognitivos como o efeito de posse e o viés de custo irreversível. Nesse texto você irá entender como podemos evitar cada um dos vieses para termos controle daquilo que é prioridade para nós.

homem tomando café lendo jornal

4 minutos

O estilo de vida dos essencialistas

A abordagem do Essencialismo é focada em identificar no que é verdadeiramente essencial em nossas vidas, em vez de simplesmente eliminar o que considera-se supérfluo. Em outras palavras, o essencialismo nos convida a definir nossas prioridades com clareza e a concentrar nossos recursos e energia apenas nas coisas que realmente importam para nós.

Trata-se de aceitar que a vida é feita de trade-offs e que escolhas implicam em perdas. Faz parte do jogo. Sabendo disso, um essencialista, em vez de se perguntar: 'O que tenho que abrir mão?' ele se pergunta: 'No que eu quero investir de forma significativa?’

Para exemplificar isso, nada melhor que a resposta do Gustavo Cerbasi, quando o perguntaram se ele se considerava um consumista ou um minimalista:

NEM UM NEM OUTRO. EU SOU UM ESSENCIALISTA. EU POUPO INTENSAMENTE PARA GASTAR, E GASTAR MUITO, NAQUILO QUE É IMPORTANTE PARA MIM.

Gustavo Cerbasi, economista.

Como já me aprofundei no que é Essencialismo em um post anterior, neste decidi abordar 2 vieses cognitivos que na vida e na jornada essencialista você certamente se deparará.

O primeiro deles é o viés do custo irreversível (sunk-cost bias) e o segundo é o efeito de posse *(endowment effect).*

homem no carro de camisa social

Viés do custo irreversível (sunk-cost bias)

O viés do custo irreversível (sunk-cost bias) é a tendência de continuar a investir tempo, dinheiro ou energia em algo que sabemos ser uma proposta perdedora simplesmente porque já incorremos em um custo que não pode ser recuperado.

No entanto, isso pode facilmente se tornar um ciclo vicioso: quanto mais investimos, mais determinados ficamos em levar a cabo e ver nosso investimento dar retorno. Quanto mais investimos em algo, mais difícil é desistir.

Ou seja, é à tendência das pessoas de continuar investindo em algo (tempo, dinheiro, esforço) com base no que já foi gasto, mesmo quando essa decisão não é mais racional.

Não-Essencialista

Ele se pergunta: "Por que parar agora quando já investi tanto neste projeto?" Pensa: "Se eu continuar tentando, posso fazer isso funcionar." Odeia admitir erros.

Essencialista

Pergunta: "Se eu não estivesse investido neste projeto, quanto investiria nele agora?" Pensa: "O que mais poderia fazer com este tempo ou dinheiro se eu cancelasse agora?" Confortável em cortar perdas.

homem entrando no carro de camisa social

Efeito de posse

O senso de propriedade é algo poderoso.

Este viés se relaciona com a tendência das pessoas de atribuir um valor maior a um objeto ou recurso simplesmente por possuí-lo, em comparação com o valor que dariam a ele se não o possuíssem.

Finja que você ainda não é o dono

Tom Stafford descreve um antídoto simples para o efeito de posse. Em vez de perguntar: "Quanto valorizo este item?" deveríamos perguntar: "Se eu não fosse o dono deste item, quanto pagaria para obtê-lo?"

Supere o medo do desperdício

Por que nós adultos somos muito mais vulneráveis ao viés do custo irreversível e ao efeito de posse do que as crianças pequenas? A resposta está em uma vida inteira de exposição à regra do "Não desperdice", de modo que, quando somos adultos, somos treinados para evitar parecer desperdiçadores, até mesmo para nós mesmos.

A capacidade de reconhecer quando é hora de cortar perdas e de avaliar objetivamente o valor das coisas, independentemente da posse, nos permite viver de forma mais consciente e alinhada com o que realmente importa.

Por isso que o essencialismo é tão importante. Ele nos ensina a priorizar o que é verdadeiramente essencial em nossas vidas e a não nos prender a investimentos passados que não estão mais alinhados com nossos valores e objetivos presentes.